Murmúrio de água na clepsidra gotejante,
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante,
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre…
Homem que fazes tu? Para quê tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa…
Eugénio de Castro in Rosa do Mundo, 2001 Poemas para o Futuro
3 comentários:
A vida é curta...e pouco doce...
Oh doce amarga vida que nao me sacias...que nao me fartas.....
Oh vida sem cor que me escorregas entre os dedos...se és agua...se és areia nao sei...sei que és sombra...volátil...incontante..Arguciosa....
LOVEU2
Um poema dentro de outro poema..
:))) LYOU
Oi Susanna
Vim agradecer a visita e me deparei com um blog lindo...
Beijos e que seu novembro seja maravilhoso.
Ani
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