Hoje, lembrei-me por acaso desta música, e fiquei a pensar como de fato as coisas mais simples nos ficam na memória e no ouvido. Trata-se de um clássico da música portuguesa de 1983, cantada por Vitor Espadinha. A letra desta música, de Tozé Brito, sempre me fascinou, pela sua simplididade e pela forma como nos transporta para outro mundo. Se recordar é viver, o presente é para ser vivido sem medos e com audácia, lembrando os ensinamentos do passado. Espero que gostem.
Vítor Manuel Marques Espadinha
Músico e Ator
Foi em setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio,
Nas mãos o calor de agosto e um sorriso
Um sorriso tão grande que não cabia no tempo
Ouve, vamos ver o mar...
Foste o 30 de fevereiro de um ano por inventar
Falamos, falamos coisas tão loucas e acabamos, em silêncio,
Por unir as nossas bocas e eu aprendi a amar
Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda história de amor
Que um dia me aconteceu e recordar é viver
Só tu e eu
Foi em Novembro que partiste
Levavas nos olhos as chuvas de março
E nas mãos o mês frio de janeiro...
Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia
E eu que queria ser forte, respondi que tinha frio
Falei-te do vento norte...
Não, não me digas adeus, quem sabe talvez um dia...
Como eu tremia meu Deus! Amei como nunca amei
Fui louco? Não sei, talvez! Mas por pouco, muito pouco,
Eu voltaria a ser louco; amar-te-ia outra vez
Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda historia de amor
Que um dia me aconteceu e recordar é viver
Só tu e eu
By Tozé Brito/Vitor Espadinha
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